quinta-feira, 19 de maio de 2011

Livres na prisão do ar.

Pessoas podem ser como pássaros. Eles surgem, e nem nos damos conta. Quando olhamos o ninho está quase pronto, então em poucos dias lá estão os ovos. Quando menos esperamos, aqueles pequenos filhotes, que nem de longe parecem os belos pássaros que virarão um dia. Um dia, que também não demora muito. Logo eles crescem, abrem os olhos, e então passam horas com o bico aberto, esperando que a mamãe lhes traga comida. E quando finalmente estamos nos acostumando com aquele leve pio ao ouvido, como uma mágica, não sabemos por que, eles voam. Voam e vão ao encontro da mãe, que está lá, esperando-os para ensinar tudo sobre a vida. Às vezes um deles fica para trás, com medo, assustado. E nos perguntamos se a mãe um dia voltará para ver se aquele pequenino sobreviveu. Ela é mãe. Mães sempre voltam. Então ela vem, e quando nos damos conta, o ninho já está vazio. Os nossos visitantes bateram as asas e foram embora. E nos deixaram para trás. Algumas pessoas podem esquecer aquela visita em pouco tempo, outras, no entanto, lembrarão daqueles momentos por toda a vida.

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