sábado, 26 de junho de 2010

A mulher do viajante no tempo.

Te amo, sempre. O tempo não é nada.

A mulher do viajante no tempo – Audrey Niffenegger

quinta-feira, 24 de junho de 2010

E talvez de meu repouso...

Às vezes eu fico pensando se nós teríamos dado certo. Eu acho que não. Eu queria que sim. Nós somos muito diferentes. Engraçado, mas é o contrário e quase todos os casais. Você é sério demais, eu não sei ser assim. Para mim, a vida tem que ser vivida, e para isso não se pode pensar antes de tudo, tem que ter uma dose certa de adrenalina. Um pouco de irresponsabilidade não faz mal algum. No fundo acho que eu não levo quase nada a sério. E eu sou feliz assim, só que você não consegue entender. Nós somos opostos demais, não sei se teria dado certo. Eu gosto de você, não sei se muito, mas o suficiente para me sentir extremamente confortável ao seu lado, e para não querer que você saia de lá. Mas então quando você sai, não sei, não é que você não faça falta. Eu só sei viver sem você também, sei viver muito bem. Não sei se gostar de alguém é suficiente para um relacionamento, mas eu acho que não. Talvez o seu ciúme seja um dos motivos para eu não conseguir gostar mais de ti, ciúmes é atraso de vida, pelo menos eu acho isso. Você parece não concordar. E eu não saberia mudar minhas atitudes, não saberia ser menos espontânea e nem controlar as palavras ao seu lado. Haveria brigas, muitas brigas. Porque eu também não saberia ficar quieta quando achasse que você estava sendo injusto. Pensando bem, nós temos um ponto em comum. Acho que o único que não seria saudável para nós. Nós não sabemos ser contrariados, não damos o braço a torcer. E incrivelmente, nós sempre insistimos em contrariar um ao outro. Não teria dado certo, porque com isso, nós nos irritamos muito. Você me irrita demais, isso não é normal. Você se preocupa demais comigo. Não que eu ache isso ruim, eu amo. O problema é que para me proteger você acaba tentando me controlar, acaba tentando mandar em mim. Não sei receber ordens. Acabo fazendo o contrário só para mostrar que você não manda em mim. E com isso, mais discussões bobas. Nós discutimos por coisas tão banais. Você dá valor demais às palavras. Palavras são tão superficiais. Atitudes, para mim, importam muito mais. Talvez por eu não conseguir colocar em palavras o que eu sinto, nunca me dei muito bem com elas. Não sei. São tantas coisas. Só que mesmo com tudo isso, eu sinto sua falta. Difícil de entender, mas mesmo sabendo que não seria bom, eu queria ter você aqui. Não daria certo. Mas não sei, às vezes eu acho que nós poderíamos ter tentado. Então eu me lembro de que já passou. Passado não volta, ele fica lá atrás. Perturba-nos de vez em quando, nos faz pensar como seria se tivéssemos feito diferente, mas não muda. Passado. Não sei por que eu perco meu tempo pensando nisso, não teria dado certo.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Um desejo que voa.


Nada é eterno. O tempo pode passar rápido demais, ou devagar como uma tartaruga. Mas ele sempre passa. Pode andar em círculos, de trás pra frente, ou na direção certa. Invariavelmente, ele está em movimento. Às vezes, penso no tempo como um pequeno beija-flor. Tem sua velocidade própria, e se alguém segurar suas asas, na vã tentativa de pará-lo... Ele morre. Simples assim. Não adianta tentar interferir. Ele tem uma vida própria, só dele. E não pára nunca. Ele precisa de movimento, faz parte dele. Tentar fazer as coisas se eternizarem é besteira, perde de... Tempo. Melhor é aproveitar cada segundo sem pensar no próximo, afinal, para nós ele pode não existir. Para o tempo... Para o tempo ele é eterno. Mas o tempo é diferente. Para nós, tudo acaba um dia, por culpa única e exclusivamente dele. O tempo.

A mulher do viajante no tempo, O curioso caso de Benjamin Button, a minha imensa vontade de que o tempo passe rápido... Tudo anda levando meus pensamentos para um único ponto: o tempo.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Sonhar é acordar-se para dentro.

Um dia eu sonhei em virar a Cinderela, mas eu descobri que “felizes para sempre” é só mais uma expressão incerta. Eu quis ser veterinária e salvar todos os cachorrinhos da rua, até o dia em que eu fiquei sabendo que para isso, primeiro, eu teria que dissecar um sapo. Eu queria um caminhão de algodão doce, e eu ainda quero. Já desejei a fama, mas hoje eu sei que tem coisas muito mais valiosas do que apenas ser reconhecida por desconhecidos. Por um momento acreditei que amores verdadeiros eram eternos, e agora eu sei que a qualquer momento eles podem acabar. Sonhei em ser decoradora, e apesar de tudo, um dia realizarei esse sonho. Vi uma borboleta voar, e cobicei suas asas, então eu entendi que cada um tem seu lugar e que o meu não é no céu. Entrei em uma loja de bichos de pelúcia e quis comprar todos, e um dia eu vou comprar todos os que eu quiser. Eu pensei que não seria capaz de sorrir nunca mais, e hoje eu sorrio por coisas tão simples. Eu não enxergava o sentido na minha vida, até que um “anjo” me fez perceber que era só abrir os olhos. Amei alguém mais do que a mim mesma, e precisei sofrer para perceber que primeiro eu tenho que me amar, para depois amar outra pessoa. Decepcionei pessoas por tentar ser perfeita pra elas, então resolvi apenas ser eu mesma. Imaginei-me uma advogada, defendendo um assassino, e eu ainda vou defender um, pelo simples prazer de manipular a opinião alheia. Quis mais do que tudo, ir para a “terra do nunca” e ser criança para sempre, só que agora a ideia de crescer não me assusta tanto. Sonhos, fantasias, contos de fadas, e coisas às vezes impossíveis, fazem meus dias melhores. Não me peça para desistir de voar, para parar de pular em cama elástica ou sair correndo quando vejo um vendedor de algodão doce, não me peça para parar de comer jujuba e de pirar com bichinhos de pelúcia. Se eu desistisse dessas coisinhas bestas, não seria eu. Decepção, lágrimas, brigas, são apenas o ônus. Aqueles detalhes, às vezes esquecidos, são o que realmente deveria ser levado a sério.

Esse texto é antigo. Realizei alguns sonhos, percebi que uns não eram realmente o que queria, mantenho outros, e mudei um pouco. Mas eu ainda gosto dele, a minha essência sempre será a mesma: uma eterna criança apaixonada por doces.

sábado, 19 de junho de 2010

A mulher do viajante no tempo.

Alguns dias depois, estou sentada ao lado da cama da vovó, lendo Mrs. Dalloway para ela. É noite. Levando os olhos; parece que vovó está dormindo. Paro de ler e fecho o livro. Ela abre os olhos.
- Oi – digo.
- Você sente falta dele alguma vez? – ela me pergunta.
- Todos os dias. A cada minuto.
- A cada minuto – ela diz. – Sim. O amor é assim, não é? – Ela vira de lado e afunda no travesseiro.
- Boa noite – digo, apagando a luz. Quando estou parada no escuro olhando para vovó deitada na cama, a depressão toma conta de mim como se eu tivesse levado uma injeção de tristeza. O amor é assim, não é? Não é.
A mulher do viajante no tempo – Audrey Niffenegger

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Bonequinha de luxo.


Era cedo, a loja ainda não havia aberto, mas ela gostava de olhar as vitrines exatamente assim. Sentia-se como as jóias ali, presas e solitárias. Deu mais um gole em seu café, um último suspiro para o anel, seu companheiro de todas as manhãs, e voltou a andar.
Ele viajaria a trabalho e ligaria todos os dias. Havia semanas que não aparecia, e não ligava mais. Foi quando ele sumiu que ela adquiriu o hábito de sair cedo, olhar as jóias sozinhas. Era presidiária de um amor, que sequer sabia mais se era correspondido.
Estava chegando em casa quando viu um carro parado na entrada, seu coração parou. Andou mais devagar, tentando acalmar-se. Passou reto pelo carro, e estava subindo as escadas, quando ouviu alguém chamá-la.
- Holly.
Sentiu suas pernas pregarem-se ao chão. Continuou parada por alguns instantes, de costas.
- Holly, querida.
Virou-se para ele, tremendo. Sabia que não deveria sentir-se assim. Olhava-o com o coração apertado. Ele subiu as escadas até encontrá-la.
- Querida, me desculpe. Não pude ligar, eu te juro. Queria pelo menos avisar-lhe de que estava chegando, mas não pude.
Ela limitava-se a respirar, tentando concentrar-se.
- Holly. – ele falou, tirando uma caixa dos bolsos e abrindo-a para ela. – Espero que não tenha achado que não lhe amava mais, meu amor. Seria um enorme absurdo. Ainda pretendo cumprir minha promessa.
Apenas agora ela lembrou que havia sido pedida em casamento, antes de ele viajar. E ela, obviamente, aceitara.
- Querida, estou me sentindo um louco falando sozinho. Entendo que deva estar com raiva, mas, Holly, eu não tive tempo.
Ele ainda segurava a pequena caixa, com um anel idêntico ao que havia lhe acompanhado durante essas longas semanas.
- Fred... – seus olhos enchiam-se de lágrimas.
Ele segurou sua mão, beijando-a e então colocou o anel em seu dedo. Ela olhou para o anel, e então para ele, sorrindo. Ele abraçou-a, apertando-a contra si.
- Ah Fred... – ela disse, entre lágrimas.
- Eu sei, eu sei. Também senti sua falta, Holly. – ela sorriu, aninhando-se em seus braços.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Quiero, quiero, quiero en este momento.

Quero rir. Quero chorar. Quero sentir. Quero abraços apertados e beijos quentes. Quero sair. Quero dançar. Quero beber. Quero torcer. Quero gritar. Quero comemorar. Quero sorrisos, lágrimas, carinhos, brigas... Quero proximidade, quero saudades, quero reencontros. Quero me apaixonar. Quero esquecer. Quero amores, quero amigos, quero festas. Quero correr, quero pular, quero voar. Quero voar. Quero passar a noite olhando o céu, quero passar a noite conversando, quero passar a noite... Quero procurar desenhos em nuvens e contar as estrelas. Quero viajar, ir à praia e voltar para casa. Quero ter para quem voltar. Quero alguém a quem amar. Quero ir ao shopping, quero compras, quero música. Quero que o tempo voe. Quero que o tempo pare. Quero ser de corpo e alma. Quero coisas de que lembrar. Quero realizar sonhos. Quero de tudo um pouco e um pouco de tudo. Quero fazer o que der vontade, e não passar vontade. Quero aproveitar, cada segundo. Quero da vida o que ela tem de melhor. Quero viver. Quero fazer, para não me arrepender.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Desculpas esfarrapadas.

Estou me sentindo em dívida com vocês. Ultimamente não posto nada meu, nada novo. Perdão, anda difícil me concentrar para escrever. Anda difícil me concentrar em qualquer coisa. Pensei em escrever algo sobre a copa, e a única coisa em que consegui pensar foi: eu devia ter apostado no resultado, eu ganharia, e sozinha. E então minha mente voou outra vez. Minha mente está sempre distante de mim, nesses últimos tempos. Sempre perto... dele. Como deu pra perceber, acredito, pelos trechos do livro que tenho postado. Não posso negar, o livro está me apaixonando, e estou tento de me controlar demais para não devorá-lo em poucos dias. Porém, estou fugindo do foco e falando demais sobre mim. Só queria me desculpar mesmo, acho que as provas acabando (sexta-feira), consigo me concentrar um pouco mais. Pouco. Muito provavelmente os textos serão todos sobre amor, água com açúcar e tal, mas será alguma coisa. Obrigada por não me abandonarem nunca.

A mulher do viajante no tempo.

Bom, seja lá quem você for, estou aqui agora. Você pode ser o passado de Henry, mas eu sou o futuro.

A mulher do viajante no tempo – Audrey Niffenegger

A mulher do viajante no tempo.

Cá estamos nós. Aqui e agora, finalmente agora.

A mulher do viajante no tempo – Audrey Niffenegger

segunda-feira, 14 de junho de 2010

A mulher do viajante no tempo.

E Clare, sempre Clare. Clare de manhã, sonolenta e de cara amassada. Clare com os braços mergulhados na tina de fazer papel, puxando o mol e sacudindo-o assim e assim, para misturar a s fibras. Clare lendo, com o cabelo solto sobre o encosto da cadeira, passando hidratante nas mãos vermelhas e rachadas antes de dormir. A voz baixa de Clare está em meu ouvido com frequência.
Odeio estar onde ela não está, quando não está. No entanto, vivo partindo, e ela não pode vir atrás.

A mulher do viajante no tempo – Audrey Niffenegger

A mulher do viajante no tempo.

Clare: é difícil ficar para trás. Espero Henry, sem saber dele, me pergunto se está bem. É difícil ser quem fica.
Mantenho-me ocupada. Assim, o tempo passa mais depressa.
Durmo sozinha e acordo sozinha. Dou umas voltas. Trabalho até cansar. Olho o vendo brincar com o lixo que passou o inverno inteiro debaixo da neve. As coisas parecem simples até pensarmos nelas. Porque a ausência intensifica o amor?
Há muito tempo, os homens iam para o mar, enquanto as mulheres ficavam na praia, esperando e procurando o barquinho no horizonte. Agora espero Henry. Ele some sem querer, sem avisar. Espero. Tenho a sensação de que cada minuto de espera é um ano, uma eternidade. Cada minuto é lendo e transparente como vidro. A cada minuto que passa, vejo uma fila de infinitos minutos, à espera. Por que ele foi aonde não posso ir atrás?

A mulher do viajante no tempo – Audrey Niffenegger

O amor depois do amor.

Há de chegar a hora
em que, com alegria,
você vai se cumprimentar ao chegar
à porta de casa, em seu próprio espelho,
e cada um sorrirá diante da acolhida do outro,

e dirá, sente-se aqui. Coma.
Você amará de novo o estranho que era si mesmo.
Dê vinho. Dê pão. Devolva seu coração
a ele mesmo, ao estranho que amou você

desde que você nasceu, que você ignorou
por outro, que o conhece de cor.
Tire as cartas de amor da estante,

as fotografias, os bilhetes desesperados,
tire sua própria imagem do espelho.
Sente-se. Celebre sua vida.

Derek Walcott

sábado, 12 de junho de 2010

Amor é síntese.

Por favor, não me analise
Não fique procurando cada ponto fraco meu.
Se ninguém resiste a uma análise profunda,
Quanto mais eu...

Ciumento, exigente, inseguro, carente
Todo cheio de marcas que a vida deixou
Vejo em cada grito de exigência
Um pedido de carência, um pedido de amor.

Amor é síntese
É uma integração de dados
Não há que tirar nem pôr
Não me corte em fatias
Ninguém consegue abraçar um pedaço
Me envolva todo em seus braços
E eu serei o perfeito amor.

Mário Quintana

Aos apaixonados, comprometidos, ficantes, casados, peguetes, rolinhos, gamados... E até mesmo aos solteiros: Feliz dia dos namorados! Aproveitem muito.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Inferno astral.

Se a minha felicidade te incomoda, me desculpe, eu não posso fazer nada. Não me peça pra deixar de ser feliz, eu nunca, nunca mesmo, abrirei mão disso. Eu sei que devo muito a você, sei que devo até mesmo minha vida, mas perdão, eu não vou deixar você acabar com ela, simplesmente porque foi você quem a deu para mim. Eu sei, eu sei que você deve se preocupar comigo. Mas, por favor, pelo menos tente enxergar que preocupação demais não é bom. Tente, por um segundo, entender que eu também tenho medo disso. Eu sei que sou nova e que o que eu sinto é forte demais pra mim. Eu sei que eu posso estar agindo por impulso. E sei tudo o que você está tentando me dizer. Mas, por favor, entenda que isso não me importa. Entenda, por favor, que o que me importa é ficar feliz. Entenda que eu tenho plena certeza do que eu quero, e que não vou deixar ninguém atrapalhar. E, me desculpe, mas se você não se conformar com isso... A maior idade está próxima, e eu não pensarei muito antes de usá-la. É a minha vida, os meus sentimentos e os meus direitos. Por favor, por favor, não tente acabar com a minha vida, por medo, como você acabou com a sua. Deixe que eu cometa os meus erros e meus acertos conforme a minha vontade. Por favor.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Fuga serena.

Foge. Corre pra cá e não vai mais embora. Não me deixa, nunca mais, sem você. Foge pra cá, e fica do meu lado pra sempre. Porque é de ti que eu preciso. É você quem me completa e me faz feliz. Foge. Foge da rotina, foge dos compromissos, foge de tudo, e fica comigo. Fica só comigo. Foge, e eu prometo que largo tudo por você também. Foge, e não deixe que ninguém te impeça de vir me encontrar. Não deixe que ninguém tente nos separar. Foge, mas foge logo, porque eu não sei quanto tempo mais eu aguento sem você. Foge, e vem logo. Porque eu te amo, e eu te quero comigo. Foge, e não se importe com mais nada. Foge, e eu prometo te fazer feliz quando chegar. Eu prometo te fazer feliz para todo o sempre. Foge, nem que seja pra viver de amor. Juntos, a gente vai viver bem. Foge, foge pra perto de mim. Foge pra perto de quem te ama e é louca por você.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo.

As pessoas reclamam de não ter tempo para nada, enquanto eu olho no relógio diversas vezes e o minuto é sempre o mesmo. Se me pedissem um pouco de tempo emprestado, eu entregaria de boa vontade. Ele parece ter se revoltado comigo, só porque eu o pedi que passasse um pouco mais rápido. Agora, ele sequer passa. Não sei por que fazer isso comigo, eu não queria ofender, apenas queria... Não adianta, não é? Se eu reclamar, não duvido que ele passe mais devagar ainda. Agora, tenho de me conformar e esperar, pacientemente, que os dias passem (como se fossem anos) até o dia em que... O problema é que eu sei, que quando o dia que eu tanto desejo chegar, o tempo não vai ser gentil comigo. Quando eu implorar a ele que passe um pouco mais devagar, ele vai voar. E os dias parecerão minutos... Para depois, novamente se estenderem como anos. Talvez o tempo seja um pouco temperamental. Eu só queria saber uma forma de agradá-lo, para que quem sabe, ele se tornasse meu amigo. Não, amigo é querer muito. Queria apenas que ele não me torturasse.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

As many times as I blink I'll think of you...

Queria escrever algo bonito, mas anda difícil. Eu tento, me esforço, me concentro... E quando acho que vou conseguir, minha mente volta para o mesmo lugar. Queria saber o que é que você fez comigo, para me fazer pensar tanto em você, para me fazer precisar tanto de ti, para me fazer sentir tanto a sua falta. Queria entender o que aconteceu comigo, entender o motivo de meus pensamentos não pertencerem mais a mim. Queria, demais, entender o motivo de agora eu não conseguir mais... Queria entender o porquê de eu ser tão dependente de você. De eu mesma não pertencer mais a mim. Talvez isso realmente seja amor, não sei. Parece mais forte do que amor, parece que nós somos como imãs, metades. Não sei, não consigo mais entender nada, porque quando eu tento, me perco pensando em você. Talvez seja porque não é apenas meu coração, sequer apenas meu pensamento que você roubou de mim. Talvez, apenas talvez, seja porque agora eu seja inteiramente sua. É uma hipótese, não sei, não consigo pensar em outra coisa por tempo suficiente para ter certeza. Meu pensamento já voltou a você, a saudades já está doendo.

domingo, 6 de junho de 2010

Do passado que não reconhece o seu lugar.

- Amor. – ele batia na porta mais uma vez.
- Vai embora! – gritei.
Eu não queria, realmente, que ele fosse embora. Mas... Doía lembrar. Eu sei, eu sei que não foi uma traição, mas...
- Amor, por favor. – ele insistia.
Eu o amava. E não conseguiria dividi-lo com ninguém. Não suportaria vê-lo com outra.
Passaram-se alguns minutos, e então ouvi passos, e a porta se abrindo. Ele estava indo embora.
Abri o quarto e fui correndo em sua direção, abraçando-o.
- Não vai. – gemi.
Ele assentiu, beijando-me a testa.
- Me desculpe.
- Não precisa. – falei, fechando-lhe os lábios em um beijo.
Não precisava mesmo, eu sabia que ele não a queria. Quanto a ela... Ela havia, sim, chegado primeiro, e ela o amava... Mas tempo não queria dizer nada, era a mim que ele amava. Era eu quem não podia viver sem ele.
- Eu te amo. – ele sussurrou.
- Eu também.
Ela não importava, era passado. E eu não conseguia sentir pena. Nós, agora, tínhamos uma vida, não havia lugar para outra pessoa ali.
- Eu te amo muito. – falei, ele sorriu.
Não me importava o que ela faria sem ele. Agora éramos nós dois, e ela teria de se conformar. Não me importava, sequer, se ela morreria sem ele. Sinceramente, eu talvez até gostasse disso.

Não está bom. Não faz sentido. Mas eu já disse, às vezes eu preciso escrever para tirar as
coisas da minha cabeça.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Amar:

Fechei os olhos para não te ver
e a minha boca para não dizer...
E dos meus olhos fechados desceram lágrimas que não enxuguei,
e da minha boca fechada nasceram sussurros
e palavras mudas que te dediquei...

O amor é quando a gente mora um no outro.
Mário Quintana

Tentei escrever, tentei fazer minhas palavras adquirirem algum sentido... Foi impossível, minha cabeça ultimamente só pensa em uma única coisa, uma única pessoa. Não consigo falar ou escrever sobre outra coisa. Portanto, na falta de um texto meu, que combine com o meu humor hoje, Mário Quintana sempre consegue exatamente o que eu quero.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Cansei!

Cansei de ser só mais uma na vida de quem é tudo pra mim. Cansei de tudo, de mim e de você. E agora eu mudei. A menininha agora é mulher, e agora ela não vai acreditar mais em quem diz que ama. Eu gostava de quem eu era, mas eu cansei de ser feita de troxa! Quer a menininha de volta? Te vira, conquista, aprende a dar valor. Quem sabe, você consiga.

Esse texto é velho, demais. Mas sei lá, deu vontade de postar aqui.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Ciclo vicioso.

Amar, sofrer, amar, sofrer, amar... É um ciclo vicioso, não importa o que aconteça. Quando um amor acaba é inevitável não sofrer um pouco, mas aí vem outro e fica tudo bem, até acabar mais uma vez, e mais uma vez sofrer. Mas quando chega o momento em que o medo é maior que tudo, você acaba evitando se apaixonar, evitando se apegar às pessoas, evitando se envolver, para depois não sofrer mais uma vez. Só que isso não pode ser pra sempre. Você está atento a não amar e então aparece uma pessoa, que com um simples olhar faz você se apaixonar, sem nem perceber. Passam-se dias, semanas, e então você percebe que está se apaixonando mais uma vez, mas dessa vez parece ser diferente. Com o tempo, o medo vai embora. Com o tempo, tudo o que aconteceu antes, parece não valer mais. Com o tempo, você se entrega ao amor de novo. Você sabe que ele pode acabar, mas isso não importa. Viver importa, aproveitar cada segundo desse momento mágico, isso importa. O futuro, se você vai sofrer mais uma vez ou não, isso não te preocupa mais. O tempo passa, e um dia o tempo vai acabar. Para que se preocupar com o futuro? Você está apaixonado, e está feliz, com isso você não precisa de mais nada. Ser feliz. Você está vivendo o presente, e só o presente. E então você descobre que essa é a melhor maneira de viver. O medo não leva a nada, só atrapalha, só te faz perder tempo. E o tempo não é eterno. Um dia o ciclo acaba. Amar, amar, amar, e acabou o tempo, acabou uma vida, para então começar outra. Depende de você se essa nova vida vai ser feliz, ou não. Outro ciclo vicioso, outra história.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Das obviedades.

Às vezes eu tenho vontade de virar tudo de ponta cabeças, só para ver como fica. Tirar tudo do lugar pra inovar. Sair da rotina. Como se a Bela Adormecida fosse acordar, e decidir ficar com o entregador de pizza ao invés do príncipe. Ou se a Fera resolvesse literalmente jantar a Bela, coisas do tipo. Sem dúvida, inesperado. Afinal, qual é a graça nas obviedades? Todo mundo espera que aconteça assim, surpresas são tão mais emocionantes. Então eu resolvi mudar tudo e ser diferente. Pelo menos na minha vida eu mudarei, já que contos de fadas já foram escritos assim mesmo. Começo a fazer tudo diferente, nada normal. E quando paro pra prensar, tudo está óbvio outra vez. A Cinderela correndo para os braços do príncipe, a madrasta se dando mal, enfim, o de sempre. Maldita rotina. Não adianta, por um tempo até consigo mudar as coisas, mas no fim tudo volta a ser como antes. E cá estou eu, na vidinha de sempre. Mas tudo bem, eu me divirto com as tentativas de mudança. Pelo menos eu arrisco, e não vou me arrepender de não ter tentado. E no final das contas, eu me contento com os finais felizes, eles tem seu lado bom.
Related Posts with Thumbnails