quinta-feira, 19 de maio de 2011

Livres na prisão do ar.

Pessoas podem ser como pássaros. Eles surgem, e nem nos damos conta. Quando olhamos o ninho está quase pronto, então em poucos dias lá estão os ovos. Quando menos esperamos, aqueles pequenos filhotes, que nem de longe parecem os belos pássaros que virarão um dia. Um dia, que também não demora muito. Logo eles crescem, abrem os olhos, e então passam horas com o bico aberto, esperando que a mamãe lhes traga comida. E quando finalmente estamos nos acostumando com aquele leve pio ao ouvido, como uma mágica, não sabemos por que, eles voam. Voam e vão ao encontro da mãe, que está lá, esperando-os para ensinar tudo sobre a vida. Às vezes um deles fica para trás, com medo, assustado. E nos perguntamos se a mãe um dia voltará para ver se aquele pequenino sobreviveu. Ela é mãe. Mães sempre voltam. Então ela vem, e quando nos damos conta, o ninho já está vazio. Os nossos visitantes bateram as asas e foram embora. E nos deixaram para trás. Algumas pessoas podem esquecer aquela visita em pouco tempo, outras, no entanto, lembrarão daqueles momentos por toda a vida.

sábado, 14 de maio de 2011

Uma aurora dentro de nós.

Ele: Eu preciso te falar uma coisa...
Ela: Fala.
Ele: Sabe agora, esses 5 minutos em que você sorriu os meus sorrisos de verdade?
Ela: Os seus sorrisos? – seus olhos brilham.
Ele: É, os meus sorrisos. Então, foram esses 5 minutos que fizeram o meu dia valer a pena.
Ela: Foi isso, e os seus sorrisos de volta, que fizeram o meu valer. – ela fala sorrindo igual boba.
Ele: Promete continuar sorrindo pra mim, pra sempre?
Ela: Eu prometo que posso passar 23h e 59min séria, mas que nesse último minuto eu vou sorrir pra você, todos os dias, pra sempre.
Ele: Se for o meu sorriso, tá bom.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Nunca perdido.

E então eu me pego lembrando os dias em que era só chamar, e em poucos minutos você estaria ao meu lado. Dos dias em que você comprou uma briga só porque alguém falou grosso comigo. De quando você me trazia pra casa, tarde da noite, só pra garantir que eu chegasse bem. Lembro ainda, de quando você viu o cimento fresco em minha calçada, e escreveu seu nome. Aposto que nem você mesmo se lembra disso. Eu lembro, e acredite, olho para ele cada vez que saio de casa. Lembro de cada momento que vivemos juntos. Dos domingos de manhã, em que saíamos escondidos pelas ruas, só pra matar a saudades do final de semana. E de quando você ia me buscar no colégio, só pra gente se ver, desviando completamente seu caminho. De quando eu estava entediada em casa, e você vinha me fazer companhia. De nossos esconde-esconde a dois. Sinto falta dos nossos momentos. Dos nossos risos. Sinto falta de te ter por perto. De ter você me protegendo. Cuidando. Do seu abraço, principalmente, daquele seu abraço que fazia tudo ficar bem. Dói saber que ela te tirou de mim, quando eu achei que ninguém conseguiria fazer isso. Dói quando as pessoas me perguntam como você está, e eu não sei a resposta. Dói saber que ela não soube enxergar que entre nós, o que existe (sim, existe, eu não consigo acreditar que isso um dia vai acabar), é a mais pura e doce amizade. Mas ela é mulher, e acho que eu também sentiria ciúme se meu namorado tivesse uma amizade como a nossa. Mas eu sei, eu preciso acreditar, que um dia, tudo será como antes... E então, eu terei meu melhor amigo aqui, outra vez.

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