terça-feira, 5 de julho de 2011

Quando a gente mora um no outro.

Olhos semicerrados, um sorriso que se espalha aos poucos, mãos grandes e inquietas. Eu ainda me lembrava de quando o conheci. Daquela coisa estranha que senti, como se nos conhecêssemos desde sempre. Tanto tempo se passou depois daquele primeiro encontro. Ele já não dizia que me amava a cada minuto, mas eu ainda escutava a cada instante. Em seu olhar, em sua voz, em seus gestos, em seu sorriso... Ah, o seu sorriso! Aquele sorriso maravilhoso que começa um pouco de lado, e depois se esparrama, tornando-se o sorriso mais belo que já vi. Ele pode até ter alguns defeitos, mas até os seus defeitos eu consigo amar. Aos meus olhos, é a coisa mais adorável que já conheci. Aos meus olhos, ele é perfeito. E nos completamos. Ele me faz acreditar, cada dia mais, que aquela história toda de “feitos um para o outro” realmente existe. Só o fato de ouvir sua voz, me fazer perder toda a razão. Imaginar-me ao seu lado, faz de mim a pessoa mais feliz do mundo. Eu não me importaria se ele não correspondesse aos meus sentimentos, estaria feliz apenas em amá-lo. Ele faz o meu mau humor desaparecer, apenas com um bom dia. Ele faz um sorriso brotar em meus lábios, apenas por saber que ele existe. Seu sorriso, que eu tanto amo. Sua mão passando nervosamente pelo rosto ou coçando o queixo. O jeito como morde o lábio quando está nervoso. São apenas manias, que para mim, o tornam mais especial e único. Mais perfeito para mim. Que o tornam mais meu. Com uma palavra sua, eu sou capaz de me perder, de me encontrar, de me sentir livre para ser apenas eu mesma. Amor mentiroso, que só enrola, que não se importa. Eu não me importaria se ele fosse o monstro que pintam, eu continuaria precisando dele, eu o amaria ainda assim, e acharia ele o monstro mais lindo do mundo. Eu só quero poder amá-lo, só quero tê-lo ao meu lado. Ele sabe que sempre estarei aqui, esperando. E nós sabemos, que de uma forma ou de outra, estaremos no lugar certo e na hora certa. E então, finalmente estaremos juntos. E quando isso acontecer, nada será como antes.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Das meras formalidades.

Será que as pessoas ao menos se dão conta de que eu já nem respondo mais quando perguntam se estou bem?

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Livres na prisão do ar.

Pessoas podem ser como pássaros. Eles surgem, e nem nos damos conta. Quando olhamos o ninho está quase pronto, então em poucos dias lá estão os ovos. Quando menos esperamos, aqueles pequenos filhotes, que nem de longe parecem os belos pássaros que virarão um dia. Um dia, que também não demora muito. Logo eles crescem, abrem os olhos, e então passam horas com o bico aberto, esperando que a mamãe lhes traga comida. E quando finalmente estamos nos acostumando com aquele leve pio ao ouvido, como uma mágica, não sabemos por que, eles voam. Voam e vão ao encontro da mãe, que está lá, esperando-os para ensinar tudo sobre a vida. Às vezes um deles fica para trás, com medo, assustado. E nos perguntamos se a mãe um dia voltará para ver se aquele pequenino sobreviveu. Ela é mãe. Mães sempre voltam. Então ela vem, e quando nos damos conta, o ninho já está vazio. Os nossos visitantes bateram as asas e foram embora. E nos deixaram para trás. Algumas pessoas podem esquecer aquela visita em pouco tempo, outras, no entanto, lembrarão daqueles momentos por toda a vida.

sábado, 14 de maio de 2011

Uma aurora dentro de nós.

Ele: Eu preciso te falar uma coisa...
Ela: Fala.
Ele: Sabe agora, esses 5 minutos em que você sorriu os meus sorrisos de verdade?
Ela: Os seus sorrisos? – seus olhos brilham.
Ele: É, os meus sorrisos. Então, foram esses 5 minutos que fizeram o meu dia valer a pena.
Ela: Foi isso, e os seus sorrisos de volta, que fizeram o meu valer. – ela fala sorrindo igual boba.
Ele: Promete continuar sorrindo pra mim, pra sempre?
Ela: Eu prometo que posso passar 23h e 59min séria, mas que nesse último minuto eu vou sorrir pra você, todos os dias, pra sempre.
Ele: Se for o meu sorriso, tá bom.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Nunca perdido.

E então eu me pego lembrando os dias em que era só chamar, e em poucos minutos você estaria ao meu lado. Dos dias em que você comprou uma briga só porque alguém falou grosso comigo. De quando você me trazia pra casa, tarde da noite, só pra garantir que eu chegasse bem. Lembro ainda, de quando você viu o cimento fresco em minha calçada, e escreveu seu nome. Aposto que nem você mesmo se lembra disso. Eu lembro, e acredite, olho para ele cada vez que saio de casa. Lembro de cada momento que vivemos juntos. Dos domingos de manhã, em que saíamos escondidos pelas ruas, só pra matar a saudades do final de semana. E de quando você ia me buscar no colégio, só pra gente se ver, desviando completamente seu caminho. De quando eu estava entediada em casa, e você vinha me fazer companhia. De nossos esconde-esconde a dois. Sinto falta dos nossos momentos. Dos nossos risos. Sinto falta de te ter por perto. De ter você me protegendo. Cuidando. Do seu abraço, principalmente, daquele seu abraço que fazia tudo ficar bem. Dói saber que ela te tirou de mim, quando eu achei que ninguém conseguiria fazer isso. Dói quando as pessoas me perguntam como você está, e eu não sei a resposta. Dói saber que ela não soube enxergar que entre nós, o que existe (sim, existe, eu não consigo acreditar que isso um dia vai acabar), é a mais pura e doce amizade. Mas ela é mulher, e acho que eu também sentiria ciúme se meu namorado tivesse uma amizade como a nossa. Mas eu sei, eu preciso acreditar, que um dia, tudo será como antes... E então, eu terei meu melhor amigo aqui, outra vez.

sábado, 30 de abril de 2011

Um dom que o mundo não merece.

Não minta pra mim. Por favor. Não é pelo fato de eu não saber perdoar mentiras... Nem por eu perder a confiança completamente. Não é, muito menos, porque eu nunca esqueço. É porque dói. Porque parece que você me partiu ao meio, e dói. Porque o fato de eu não esquecer me faz lembrar, e impede que a dor passe. A falta de perdão pesa em meu peito. E não saber se posso confiar em você outra vez, me enlouquece. Não minta pra mim. Dói muito.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Beaux Rêves.

Ele: Já é tarde, você não tá com sono?

Ela: Uhum.

Ele: Quer dormir?

Ela: Não, não me deixa sozinha. Por favor.

Ele: Por quê? O que houve?

Ela: Eu tô com medo.

Ele: Medo de que, meu amor?

Ela: De ter pesadelos…

Ele: Pode dormir, meu amor. E não precisa ter medo. Eu vou cuidar dos seus sonhos, e só vou te deixar ter sonhos bons.

Ela: Promete?

Ele: Prometo. Eu cuido dos seus sonhos, dos seus pensamentos, do seu coração e de ti, pra sempre.

sábado, 23 de abril de 2011

O restante da poesia.

Eu não sei o que estou sentindo. É uma agonia tão grande, um nó na garganta... São pensamentos confusos... Não sei o que é. Só sei que dói.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Caminhar no vazio.

Eu sinto a sua falta. Sinto falta da sua companhia nos momentos de tédio. E do seu riso fácil em meus ouvidos. Sinto falta, ao deitar, daquele seu abraço que aquece. E quando acordo, por não ter você na cama. Sinto falta do seu cheiro, do seu toque... Sinto sua falta quando tenho preguiça. Ou quando tomada por um de meus reflexos desastrados tento te abraçar e enlaço o ar. Sinto falta de suas piadas quando me sinto triste. De suas brincadeiras tolas. E seus cuidados quando estou doente. Sinto falta de ficar quieta ao seu lado. Sinto falta do seu beijo, seu abraço, seus carinhos... De acordar com suas cócegas. Sinto falta de suas mãos mexendo em meus cabelos. E de suas mãos encaixando-se nas minhas. Sinto falta de te ter por perto, apenas para ter. Sinto falta de te ter por perto durante o dia inteiro. E é só aí que me pergunto de onde vem toda essa saudade de coisas que nunca vivi, ao lado de alguém que nunca esteve por perto.

O antídoto conta o terror.

E quando eu acho que estou esquecendo… Te vejo sorrir, e meu coração se perde outra vez.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Tem de ser bem devagarinho.

Queria viajar. Ir para longe. Ou talvez nem tão longe assim. Queria ir para onde meu coração está. Buscá-lo. Ou quem sabe perdê-lo de uma vez por todas. Queria estar junto dele. Aqui. Lá. Em algum lugar. Em lugar algum. Queria sentir o cheiro. O beijo. O carinho. Queria tudo. Não queria nada. Queria apenas estar perto. E então parar de querer... Para ter.

sábado, 16 de abril de 2011

Uma coisa que merece que se lute por ela.

- Você não pode sofrer por ele, ele não te merece. – ela insistia.
- Mas eu o amo!
- Você merece coisa melhor, você merece alguém que te dê valor... – a música troca, meus olhos enchem de lágrimas.
- Essa era a nossa música.
Ela me abraça.
- Calma, não fica assim, tudo vai melhorar, você vai ver. Não chore, não fique assim por esse infeliz.
Lágrimas transbordam. Palavras são insuficientes. O abraço se aperta. É aí que tenho certeza do poder dessa amizade.
- Você não aprova isso, não precisa me consolar.
- Mas eu sou sua amiga, não preciso aprovar. Eu vou estar ao seu lado em todos os momentos, mesmo quando achar que você está errada.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Tanta canção pra nascer.

É estranho ver meninas de 13 anos, falando das de 12 como se fossem muito mais novas. É realmente estranho vê-las se lamentando por amor. Falando umas com as outras como se fossem adultas. Ficando, namorando, e indo até mesmo mais além. Como assim? Com 13 anos eu tinha minhas paixonites, mas nada além disso. Nada além de sentimentos bobos e puros. Será que essas crianças... Sim, crianças, porque eu continuo vendo-as assim. Será que essas crianças têm alguma noção do tempo precioso que estão perdendo ao brincar de gente grande? Do quanto, quando não tiverem mais tempo, irão sentir falta da época em que não viveram? Do quanto a vida de criança é melhor do que a de “gente grande”?

quarta-feira, 30 de março de 2011

A ela, a única Maria do mundo.

Há meses não consigo escrever. Quem sabe meu vício tenha me inspirado um pouco... Duvido que algo que eu escreva agora tenha nexo.

Maria. Como disse Clarissa Corrêa, minha inimiga íntima. A inimiga íntima de toda mulher.
Confesso, não era para ela minha torcida. Mas desde sexta-feira, sua vitória era evidente.
“Tem gente muito inteligente que não sabe ser feliz, e tem gente que sabe viver.” Até que ponto “mariar” foi burrice para Maria? Até que ponto foi um jogo? Não sei, não faço ideia. Só sei que o Brasil mariou. E que Maria, ah, Maria sabe como viver.
São as mulheres sim que decidem o BBB. Quer prova maior que isso? Há quem negue, quem afirme que não tem nada de Maria em si. Minha opinião? Ah tem, escondido aí dentro, tem. Todas têm. A diferença, é que escondemos a nossa Maria interior. Maria? Maria mostrou para o Brasil todo quem é a Maria.
“Jogar bem, jogar bem é se jogar.” Maria se jogou. Se jogou, ficou bêbada, foi atrás de um homem que não a merecia e deixou um príncipe à ver navios. Chorou, se descabelou, deu a louca, surtou. Se arrependeu, se deu valor, voltou para o príncipe. Foi mulher. Foi mulher como todas já fomos um dia, mesmo que nos envergonhemos disso. Maria? Maria nos fez ver que de nada adianta esconder esses fatos no fundo da gaveta. Todas já agimos assim, e quem não agiu, acredite, agirá.
Maria. Aquela que não entendia as piadas e mesmo assim ria delas. Aquela que tem vídeos um tanto quentes por aí, e nega conhecer sua existência. Maria, aquela que se emocionava a toa. Maria, aquela que sofreu por amor. Aquela que se humilhou por um homem. Aquela que consegue ser vulgar e doce ao mesmo tempo. Aquela de sorriso e olhar meigos. Maria. Aquela que existe em cada uma de nós, mulheres.
Fico feliz por mais um tabu ter sido quebrado. Mulher gostosa não ganha BBB? Agora ganha.
Mas calma aí, Maria ganhou o BBB? Ou foram todas as mulheres brasileiras que ganharam um pouco? Não sei.

terça-feira, 22 de março de 2011

As piores formas de controle social.

Valorizo demais a sinceridade. Coisa de escorpiana, talvez. Odeio esse disse me disse, ouvi falar, não conta pra ninguém, ou não fala que eu te contei... E ainda quem é a infantil? Eu, é claro. Por ser orgulhosa demais. Coisa de escorpiana? Não, é coisa de mulher. Mulher, não menina. Mulher que toma atitudes, assume o que faz e o que diz. Não o tipo de menina que ainda não saiu da fase de ouvir por aí, reproduzir por aqui, fazer intrigas acolá. Mulher. Posso ser infantil em inúmeros momentos, mas na hora de arcar com as consequências do que fiz, e tirar as coisas a limpo, eu sou mulher. Já não posso dizer o mesmo de coisas que não fiz. Aquelas, sabe? Que alguém por aí disse pra fulana, e sicrana contou pra outra, e chegou ao ouvido de beltrana que não gostou e foi tirar satisfações com fultrana, e por aí vai... Nesses casos? Ah, nesses casos eu sou uma típica escorpiana, orgulhosa, cabeça dura e mimada. E assumo. Os interessados que venham atrás. Eu? Eu fico na minha, típica criança, típica menina. E assumo.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Tumblr.

Depois de taaanto insistirem, eu finalmente fiz um tumblr. Não pretendo abandonar aqui, mas vamos ser sinceros, eu ando aparecendo pouco por aqui, então... Lá eu vou aparecer mais. Sigam? http://maayconstantini.tumblr.com/

PS: Tá feio, eu ainda tenho que arrumar bonitinho.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Sem leme para me guiar.

Fases ruins acontecem com todos. Uma vez ou mais, longas ou curtas, acompanhadas de motivos, ou não. Decepções, desencontros, amores fortes demais, ou o que for. O fato é que elas acontecem independente da nossa vontade imensa em impedi-las. Ah, como eu queria que isso nunca tivesse voltado a acontecer! Como eu queria me conformar com isso e pronto.
Há quem diga ser nessas fases onde conhecemos nossos verdadeiros amigos. Quem sabe... Eu discordo. Acho que independente de amizade, nessas fases a vontade de ter alguém ao lado é colossal, mas invariavelmente, o que fazemos é afastar quem mais precisamos por perto. Que amigo resiste à nossa luta diária em afastá-lo? Não, não é nessas horas que conhecemos os verdadeiros amigos. É depois, quando a vida finalmente retoma o rumo. Verdadeiros amigos são aqueles que, quando tudo volta ao normal, conseguem te perdoar pelas besteiras que fez quando estava fora de si. Não quem aguenta tudo o que você faz sem hesitar. Eu consegui afastar quase todos. Alguns teimosos continuam ao meu lado, e eu não tenho palavras para agradecê-los. Não sei, sinceramente,o que seria de mim se estivesse completamente sozinha.
Não sei dizer se isso é um fim, ou apenas uma pausa. Só sei que... Como eu queria que fosse um fim. Eu sinto falta de ser eu mesma, de sorrir por dentro, de falar que estou bem, sendo sincera. Sinto falta de mim. De ter forças para lutar por mim. De não sentir raiva por ter me deixado cair outra vez, quando jurei para mim mesma que nunca mais aconteceria. Mas tudo está escrito, certo? Por algum motivo que ainda desconheço, eu tinha que me decepcionar mais uma vez comigo. Espero descobrir logo esse motivo, para quem sabe, parar de sentir raiva por me perder de novo.
Pelo menos, depois de tanto tempo, eu estou conseguindo escrever, e sentir algo com isso... Não sei quando será a próxima vez que conseguirei, mas depois de tanto tempo, me sinto mais leve. Espero que não demore, afinal, isso significará que as coisas estão voltando ao seu lugar.
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