sexta-feira, 30 de julho de 2010

Ovelha negra.

Acho que talvez eu precise de terapia. Para aprender a não me conformar em ser a segunda opção de uma pessoa, muito menos de quatro. Para não dar valor excessivo a quem me tem como segunda opção. Para aprender a ficar mais calada quando algo me incomoda. Para não ser tão sincera, afinal, as pessoas não gostam de sinceridade. Para aprender a não amar as pessoas, porque isso pode ser considerado dependência. Ou talvez eu precise de terapia, por outros motivos. Quem sabe para aprender a fazer exatamente o que sinto vontade, sem medo de ser considerada mal educada. Ou para não me preocupar em magoar quem me magoa. Talvez, eu precise de terapia, para saber como eu faço para não apenas me calar quando me falam uma merda muito grande, e sim responder exatamente como eu quero. Por exemplo, “Enfie essa sua amada terapia, no seu cu”. Soa tão rude, tão mal educado, acho que eu preciso de uma terapia para aprender a dizer isso sem me sentir culpada. Talvez eu precise de uma terapia para aprender a dar valor exatamente a quem merece. E não a pessoas, que vão sair jogando na minha cara que eu preciso de terapia, muito menos a pessoas que se limitarão a dizer “eu concordo”. Pois bem, enfiem sua amada terapia no cu. Talvez eu não precise de uma terapia para aprender a dizer isso, até que eu gostei. Talvez quem precise de terapia, seja quem diz isso, não é? Mas seria extremamente indelicado citar os motivos aqui. Talvez eu precise de terapia, para deixar de ter medo de ser indelicada, afinal.

Das terapias deliciosas.

Amor: 1. Sentimento que induz a obter ou a conservar a pessoa ou a coisa pela qual se sente afeição ou atração; 2. Paixão atrativa entre duas pessoas; 3. Afeição forte por outra pessoa; 4. Brandura, suavidades; 5. Paixão ou grande entusiasmo por algo.
Isso é o que diz o dicionário. Particularmente, acho essa uma definição bastante superficial. Amor é um sentimento admirável, sem dúvida inexplicável e incompreensível, mas acima de qualquer definição, é o sentimento mais nobre de todos. Defini-lo, em gestos, já é exageradamente difícil, defini-lo em palavras é simplesmente impossível, mas essa é a única forma que me resta. Amor não é uma atração, um entusiasmo, afeição... Amor é algo que torna altruísta o mais egoísta dos seres, que é capaz de levar as pessoas a extremos para atingir o único objetivo verdadeiro de um apaixonado: a felicidade do ser amado. Ele faz de qualquer preocupação, além do “objeto de afeição”, mera futilidade. Chamá-lo de vicio não seria impróprio, afinal, lhe faz dependente de uma pessoa, é um vicio muito mais forte do que qualquer droga, porque a hipótese de ficar longe do ser amado, soa como um enorme absurdo, e vem junto com uma dor espantosa. Quando o amor é correspondido, torna-se cura de todos os males, amor correspondido é como mágica, impossível é não sorrir quando se ama e é amado, impossível não ser feliz. Há quem diga que entre o amor e o ódio existe apenas uma linha tênue, há quem não concorde. Amor e ódio são sentimentos diferentes, e ao mesmo tempo, extremamente parecidos. Ambos são incontroláveis, no entanto um é o mais admirado e desejado, o outro, o mais desprezado. Não há amor sem ódio, aquele ódio infantil e momentâneo quando alguém lhe afasta do “objeto amado”, e então, aquele amor doce e puro, quando ele volta e lhe enche de amor. Amor é o mais forte dos sentimentos, prova disso, o amor sempre vencer o ódio. Subjetivo, indescritível, e só o entende quem já amou sinceramente. Aqueles que não amaram, o acham bobo, fútil, loucura, e as centenas de defeitos que consigam pensar. Quem nunca amou nunca compreenderá o que é você ter coragem de arriscar a própria vida para proteger alguém, nunca entenderá como pessoas apaixonadas abrem mão dos próprios desejos para simplesmente fazer feliz o ser amado. Não sei quantas vezes uma pessoa é capaz de amar, mas sei que uma, duas, infinitas vezes... O amor será sempre inesquecível. Impossível lembrar-se de um grande amor e não sentir saudades, independente de quanto tempo tenha se passado, independente do que tenha acontecido. Um amor verdadeiro provoca suspiros, somente em pensar que a pessoa existe, causa pavor em cogitar que um dia possa haver um fim. É como um sonho, como um conto de fadas, você tenta se conformar que um dia pode acabar, mas isso é absurdamente doloroso. Porém, saber que ele existiu é um conforto, afinal, há aqueles que nunca vão experimentar o doce sabor do mais cobiçado dos sentimentos. Amores duram para sempre, dentro dos nossos corações. 509 palavras, um tempo consideravelmente longo escrevendo, e ainda assim, lendo e relendo, isso não descreve nem um décimo do que é amar. Ame, verdadeiramente, sem medos e sem limites, assim ele torna-se assustadoramente simples de ser compreendido. Todavia, eternamente inexplicável. Amor: substantivo sem definição. Esse é o verdadeiro significado que deveria constar nos dicionários.

Esse texto é antigo, e acho até que muita gente já o leu. Porém, me pareceu extremamente propício ao momento. À quem não entende, perdão, é imensamente triste que você nunca tenha amado alguém. Talvez você precise de terapia para aprender como se faz.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Strip-Tease.

Eu penso conforme o tempo
Eu danço conforme o passo
Eu passo conforme o espaço
Eu amo conforme a fome
Eu como conforme a cama
Eu sinto conforme o mundo

Mas no fundo
Eu não me contorno

Poesia Reunida - Martha Medeiros

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Um momento bom.

Não me importa destino algum, eu quero estar contigo. Saber que vale a pena sim, e que meu coração não se enganou com este amor. Eu quero olhar em seus olhos, e enxergar o seu coração. Quero te abraçar, e sentir que finalmente estou em casa. Eu quero que nossos lábios se encontrem, e sintam-se como se tivessem esperado toda a vida por aquilo. Quero sentir sua mão na minha, e que elas se encaixem perfeitamente. Quero apenas ter você aqui, ao meu lado. E não consigo mais esperar por isso. Eu apenas preciso de você, agora.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Um exílio no deserto.

Eu me sinto meio sozinha. Abandonada. Não é como se eu tivesse me isolado das pessoas, não sei. É mais como se elas não se importassem mais comigo, e tivessem me deixado de lado. Passei para o segundo plano, entende? Eu não ouço seus conselhos, portanto não valho à pena. Não sou digna de seu precioso tempo. Todos me entendem, mas ninguém está disposto a ouvir o que realmente acontece. Todos dizem o que devo fazer. Porém, me entendem tão bem, que não são capazes de abrir os olhos e ver que não posso fazer nada. Não é como se eu os recriminasse por isso, não sinto mais nada. Não há mais espaço pra qualquer outro sentimento, além do tal amor doentio que tanto criticam. Não é como se eu esperasse qualquer outra atitude. No fundo, eu entendo que é realmente uma loucura. Apenas queria tê-los ao meu lado. Amigos são para isso, não são? Momentos bons e ruins e tal. Talvez seja só mais um conceito bobo. Na verdade, estou acostumando-me com isso. Sinto-me sozinha apenas até o tal amor doentio aparecer, depois sou completa e feliz outra vez. Vejam só, que grande absurdo! O tal amor, aquele que tanto me faz mal, é exatamente o que me conforta. Enquanto, quem deseja tanto o meu bem, não se importa com isso. Vá entender, ? Eu desisti. Serei bastante recíproca agora. Importo-me com quem se importa comigo. Com quem realmente se importa, e não com quem me vem com discursos prontos, falando o que eu deveria fazer.Porque, me desculpem, disso eu estou cansada.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

A maneira mais suave de morrer.

- Você não pode ficar, eternamente, esperando ele chegar.
- Eu sei disso.
- Então...
- Então nada. Não é questão de eu querer, simplesmente não consigo. Eu não consigo nem pensar em mim mais, é tudo ele.
- Eu entendo você, mas... Você tem que tentar.
Entende, é claro, pensei amargamente. Respirei fundo, para controlar minha vontade de gritar. Não, você não entende merda nenhuma. Você nunca vai entender. Não é questão de tentar, se fosse só isso seria fácil.
- Tá. – respondi, fria.
- Você não está me levando a sério. – mais cinco minutos disso e eu explodiria. – Você não está nem me ouvindo.
- Você não entende. – sussurrei.
- Mas é claro que entendo!
Aquilo era o máximo que eu podia aguentar. Eu estava cansada de todo mundo me dizendo o que eu devia fazer, como se realmente pudessem me entender.
- Não, você não entende! – gritei. – Você não sabe como é gostar de alguém a ponto de não conseguir controlar atitude nenhuma sua! A ponto de não se importar com mais nada. E mesmo sabendo que age como idiota, ter forças apenas para insistir nisso!
- Você não sabe do que está falando.
- Ah eu sei! E sabe por que eu tenho tanta certeza de que você não me entende? – ela me olhou, estimulando-me para que eu continuasse. – Porque nem eu me entendo. E se você tivesse passado por algo parecido com isso, você saberia que não depende de mim!
- Você não sabe o que eu sinto para falar isso. – ela disse, já sem paciência.
- Não. Mas eu sei o que EU sinto. Eu sei exatamente como é.
Ficamos em silêncio, apenas nos olhando.
- Você não pode continuar com isso.
- Eu sei que não posso. E sei que vou continuar.
- Você tem que...
- NÃO ADIANTA! Eu não consigo nem tentar! Enfia na sua cabeça, eu não posso desistir disso. Eu estaria desistindo de mim, se desistisse dele.
- Isso não é saudável.
- Eu sei. Eu sei que provavelmente eu estou esperando por nada. Eu não sei o que vai acontecer, não sei de nada. Eu não sei o que sinto por ele, mas amor parece pouco.
- Você está louca.
- Pode ser. Talvez esteja mesmo. Ele é parte de mim, só isso.
Ela me olhou, dando de ombros.
- Não adianta eu falar.
- Não, não mesmo.
- Bom. – ela deu de ombros outra vez, virando-se de costas. – Me desculpe, não posso fazer nada.
Fiquei sentada na cama, encolhida, enquanto a via sair. Eu não suportava mais as pessoas falando que podiam me entender, quando não podiam. Eu não aguentava mais as pessoas falando o que eu devia fazer, quando eu não tinha escolhas. Eu não conseguia mais ouvir as pessoas falando que eu deveria conhecer outros caras. Eu sabia que não adiantaria. Que eu podia conhecer quantos homens quisesse, nenhum seria como ele. Não sei por que, não entendo, mas eu sei que vou ficar aqui, sempre, esperando ele chegar. Ele é parte de mim. Não entendo, realmente.
Respirei fundo, e me deitei outra vez. Era bom estar sozinha. Era bom poder sonhar acordada, sem ninguém para me recriminar. Era bom poder fingir que ele estava aqui, mesmo que eu soubesse, que talvez, ele nunca estaria.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Bom, isso já é demais.

Quem sou eu? É pra ser sincera? Não é uma pergunta muito fácil de ser respondida, eu nem sei se realmente sei quem sou. Acho que eu pareço um pouco fria e fechada para quem não me conhece, e acredito que minha timidez tenha uma boa parcela de culpa nisso. Porém, depois de me conhecer, é fácil perceber que eu passo uma primeira impressão errada. Meu coração é mole demais, e eu sou capaz de quase tudo para fazer bem àqueles que amo. Acredito que seja por isso que eu evito gostar de alguém sem conhecê-lo o suficiente para saber que não irei me magoar, o problema é que eu me apego muito fácil às pessoas, e é exageradamente difícil para eu aprender a viver sem alguém com quem estou acostumada a ter por perto. Acho que eu pareço ser um pouco frágil, talvez pelo meu jeito de criança, mas definitivamente, não, eu não sou frágil. É como se eu tivesse construído uma “barreira” dentro de mim, e eu não deixasse nada que possa me fazer mal ultrapassá-la. Algumas pessoas dizem que isso pode não ser saudável, eu não sei, até hoje nunca me fez mal. Eu tenho um lado todo infantil, e normalmente é como sou, mas se eu precisar, posso ser bastante adulta. De idiota, eu só tenho a cara, não tente me enganar, não tente mentir pra mim. Realmente, não tente mentir pra mim. Mentira é a única coisa que eu não consigo mesmo perdoar, o resto... O coração mole fala por si só. Eu não sei ficar brava por muito tempo, então eu esqueço rápido. Não faz muito meu tipo falar tudo o que eu sinto, prefiro que as pessoas percebam sem eu precisar usar palavras para isso. Mas definitivamente, eu falo tudo o que penso, e às vezes o que não penso também. Eu falo, simplesmente. Quem sou eu? Eu não sei, isso depende muito de quem você é pra mim.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Canção de inverno.

Pinhão quentinho!
Quentinho o pinhão!
(E tu bem juntinho
Do meu coração...)

Mário Quintana

terça-feira, 13 de julho de 2010

Strip-Tease.

Sou uma mulher madura
Que às vezes anda de balanço

Sou uma criança insegura
Que às vezes usa salto alto

Sou uma mulher que balança
Sou uma criança que atura

Poesia Reunida - Martha Medeiros

domingo, 11 de julho de 2010

Um coração para chamar de meu.

Coração acelerado. Borboletas no estomago. Olhos brilhando. Aperto na garganta. Sorriso de orelha a orelha. Mãos tremendo. Felicidade que consome. Amor incondicional. Necessidade de proximidade. Altruísmo exagerado. Preocupação extrema. Isso deve ser para provar que eu estava errada. Me obrigar a admitir que essas coisas existem. Eu me sinto completa agora, mas antes disso, eu nem sabia que me faltava algo. Não sei se isso é assim para todos. Talvez, só pareça tão único porque é comigo. Minhas atitudes não têm mais lógica alguma. E pensar em mim é impossível. Meus pensamentos, meus sonhos, meu corpo... Nada mais me pertence. Tudo, agora, pertence àquela pessoa. A mesma para qual entreguei meu coração. Isso existe, sou obrigada a admitir. E é exatamente como descreveram em músicas, livros e poemas. Por mais que palavras não expliquem exatamente o que sinto. É algo maior. Fico pensando, se todos que falaram sobre o amor, realmente o conheceram. Parece tão único. Não sei se amar dessa forma é comum, ou não. Sei apenas que me sinto uma grande sortuda por poder provar isso. Por perder meu coração, tão completamente, para alguém que está disposto a entregar-me o seu em troca.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

A idade de ser feliz.

Vontade de sair, me afundar na tequila e me perder na pista de dança. De dançar até meus pés (ou no caso, os joelhos) não aguentarem mais. Vontade de gritar, pular, fazer o que der na telha. Vontade de não pensar nas consequências e simplesmente agir. Vontade de matar todas as minhas vontades. Vontade que essa sensação boa não passe nunca.

Textinho medíocre, mas só pra não dizer que não ando escrevendo. Queria mesmo era estar me arrumando pra balada, fazer o que.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Liberta-te dos teus fantasmas.

Insisto. Insisto mesmo sem querer. Insisto pelo tempo que passou, e por tudo o que passamos juntos. Insisto pelas lembranças que ficaram, e por tudo o que aconteceu. Não sei se é certo ou errado. Mas insisto. Insisto sem sequer saber se ainda vale à pena. Insisto sem sentir mais, insisto apenas para não dizer que não tentei... Insisto apenas por insistir.

Das utopias.

Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!
Mário Quintana

terça-feira, 6 de julho de 2010

Como dar corda ao relógio do mundo.

Meu amorzinho, eu sei que eu já falhei contigo, demais. Que eu te fiz sofrer, e não confiei em você quando eu mais devia ter confiado. Eu sei que eu sinto um ciúme doentio nas ocasiões mais idiotas, e que eu não chego nem perto da perfeição. Ser perfeita é complicado demais, eu tento esconder meus defeitos de ti, mas uma hora eles acabam aparecendo, e eu te decepciono. Te decepcionar é outra coisa muito complicada, porque é difícil pra mim aceitar que eu não sou tão perfeita pra você quanto você pra mim. Você é perfeito pra mim, perfeito demais, e isso dá medo.
Às vezes eu fico pensando se erraram na hora de “traçar” meu destino, colocando você lá, e que a qualquer momento pode virar tudo de ponta cabeça, quando perceberem que tem uma menina toda perfeitinha como você, e que era pra você estar com ela, não comigo. Se isso é um erro mesmo, sei lá, acho que eu gostei bastante desse erro. Ninguém me faz feliz como você, ninguém me completa tanto, me entende, se preocupa, faz eu me sentir uma princesa, como você. Um erro, um acaso, ou mesmo um jogo do destino, o que for, eu amei isso. É sim o melhor que podia acontece na minha vida.
E tem também a outra hipótese, a gente é perfeito um pro outro, “almas gêmeas”, e se for isso, aí eu to no céu. Eu posso merecer tudo isso, não posso? Acho que eu não sou esse monstrinho que muita gente acha que eu sou, eu tenho qualidades também. Eu sou altruísta com você, pode ser só com você, mas eu sou. Eu nunca ia conseguir ser feliz se isso não fosse sua felicidade também, é meio impossível. Minha felicidade é a sua, e ponto.
Mas tá, agora chega de enrolar. Eu cansei de prometer coisas pra você, coisas que eu talvez não possa cumprir, eu acho que promessas assim são feitas por pessoas que não conhecem o verdadeiro amor e que se deixam levar pela euforia do momento. Eu não acho que esse seja o meu caso.
Eu te amo meu amor, eu te amo porque você é o homem da minha vida, eu te amo hoje, e eu te amo até o ultimo dia da minha vida. Você é meu companheiro ideal, meu amante, e meu melhor amigo. Meu coração bate por você, e só por você. Eu entreguei meu coração a ti desde o primeiro momento, te entreguei minha vida inteira, para que a minha vida e a sua, unam-se em uma só. Um beijo, uma vida, um amor, isso é o que eu te prometo. Te prometo o amor sincero de uma mulher que dá a vida pelo homem que ama. Te prometo só um instante, para que a vida se encha de magia. Te prometo a eternidade ao seu lado, um sorriso, uma lágrima, o mundo, nosso mundo. Vou viver para amar-te, para cuidar-te, para levantar dia após dia, quando o “felizes para sempre” quiser escapar de nós dois, para fazer com que ele nunca escape. Te prometo calor quando sinta frio, confiança, e meu arrependimento, e minha capacidade de perdoar. Eu te juro, que te farei o mais feliz de todos, ou pelo menos o máximo que eu puder pra isso. Pra sempre meu amor, pra sempre.
Eu sinto sua falta como eu nunca senti de ninguém, é insuportável ficar longe de você, porque por mais distraída que eu esteja, meu pensamento sempre volta pro mesmo lugar: você. É chato isso, eu queria mesmo controlar o que eu sinto por você, porque sei lá, é ruim isso, assusta, me dá medo. Eu já sofri uma vez e eu tenho pavor de sofrer de novo. Só que eu sei, que mais do que tudo isso depende de eu não agir de cabeça quente.
Mas não foi pra isso que eu estava fazendo uma bíblia, então, foco. Eu sei que você não vai me fazer sofrer nunca, por um simples detalhe, a gente se ama. Você me ama, e isso, meu, você me amar é meio inacreditável, eu não mereço tanto. Eu sei que tem gente que não quer a gente junto, que se irrita vendo o quanto a gente é feliz, e o quanto, pelo menos eu, faço questão de mostrar isso pro mundo. Mas e daí? A gente se ama, e o resto? QUE SE FODAM. É eu e você, e só. Não me importo com mais ninguém. Eu te amo, mais que tudo, pra sempre.

domingo, 4 de julho de 2010

Olhar vazio e indiferente.

Chega a ser assustadora a velocidade com que um sentimento tão puro e sincero pode se transformar em repulsa, por causa de uma pequena falha. Faz parte da natureza humana encobrir os defeitos alheios para evitar sofrimentos, porém em algum momento não há mais onde esconder isso, e tudo vai pelos ares. Então um desinformado chega com aquele imutável e ultrapassado discurso de que errar é humano e todos merecem uma segunda chance, de que a falha foi ínfima e não é motivo para tamanha decepção. Mal sabe esse desinformado quantas falhas foram ignoradas e quantas segundas chances foram dadas. Ou talvez saiba. Ele, porém, não deve saber que quando o carinho se converte em asco é impossível voltar atrás. Amor e ódio podem andar juntos. Amor e repugnância não. Desprezar quem se ama é impossível, é por isso que essa transformação é irreversível. Algumas pessoas, mesmo com medo, tendem a amadurecer com o tempo. Outras tendem a continuar no mesmo estado de inércia. Essas pessoas, estáticas, se tornam quase insuportáveis para quem consegue evoluir. Nada extraordinário o suficiente para que o sentimento perca sua importância. Então tem o tempo, e mais falhas. E aquelas pessoas acabam tornando-se repulsivas. Falhas e estática, somadas à mediocridade e falta de caráter, são praticamente intragáveis quando a paciência está se esvaindo. Qualquer disparate é motivo para chegar ao limite. Quanto maior o deslize, maior é o estrago. Sentimentos são fortes quando as duas partes estão interessadas em mantê-los, e quando ainda há pontos em comum entre tais partes. Do contrário, insistir no assunto só fará mal para ambos. Eu cheguei ao meu limite, eu não quero alguém inferior a mim, que precise me humilhar para se sentir mais poderoso. Chega. Então vem o desprezo, a repulsa, e tudo aquilo que já foi citado. Não há mais volta. Não há arrependimento capaz de desfazer tamanho desfalque. Acabou, de uma forma desprezível, porém, definitiva.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Como aliviar a dor do que não foi vivido?

Acabou. Ou não. Não sei. Não sei de mais nada. E sequer penso coerentemente. Quero acordar desse sonho ruim, que deu fim em todos os meus sonhos. Quero que seja, realmente, apenas um sonho ruim. Quero conseguir chorar, ou não. Me fechar em uma bolha, talvez? Outra vez? Tirar todas as ideias ruins da cabeça não seria mal. O que eu faço agora? Era esperado. Não, não era. Quando tudo dá certo demais, sempre tem algo para estragar. Não tem? Não deveria ter. E agora? Perdi o rumo, eu acho. Doce torpor, novamente? Não, esse dói. Dor. Talvez dor seja a única coisa que eu sinta agora. Um amor que dói. Que faz eu me sentir burra. Mas que insiste em permanecer ali. Não sei o que fazer. Ou o que pensar. Vontade de sumir, e isso assusta. De novo não, por favor. Deus! Como eu quero que dê certo. Que seja um sonho ruim. Não, não é. É real. Por que eu? Por quê? Quero dormir para nunca mais acordar. E essa vontade me assusta. Amor estúpido, que insiste em ser inabalável. Sou uma tola aos meus próprios olhos. Imagine aos olhos alheios! Mas eles não importam. Queria apenas acabar com essa confusão aqui dentro. Queria não sentir mais nada. Não sentir nada. Por mais que isso me assuste. Ah, como eu queria! Mas no fim, sei que isso é apenas da boca pra fora. O que eu queria mesmo, era estar sonhando. Sei que devia desejar não sentir mais. Ou talvez não devesse. Sei, que nunca deixarei de sentir. O meu amor é sempre o mesmo, as andorinhas é que mudam, não é?

Confusão silenciosa.

Coração apertado. Agoniado. Preocupado. Nervos à flor da pele. Misto de alegria e medo. Uma pontada de tristeza. Sonhos acordada. Sempre acordada. Coração a mil. Vontade de fazer o tempo voar. De fazê-lo parar. Sentimentos confusos e misturados. Pensamentos insistentemente fixos. Imaginação aflorada. Tensão. Mãos tremendo. Olhos brilhando. Aquele friozinho na barriga. Coisas novas. Falta pouco, finalmente.

Pessoal? Sim. Fugi à regra outra vez. Sem sentido? Para muitas pessoas. Outras entenderão. Entenderão que é exatamente essa confusão que consome minha cabeça agora.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Minha prisão ao ar livre.

Espero. Como uma senhora casada, deitada na cama, com um livro em mãos, pacientemente aguardando a chegada do marido. Como uma jovem adolescente, rolando na cama, nervosa, à espera e notícias do namorado. Como uma pequena criança, sonhadora, esperando que seu príncipe encantado apareça. Como uma mãe, preocupada com o filho que saiu pela primeira vez. Como uma mulher apaixonada. Como qualquer outra mulher. Fases distintas, épocas diferentes, fundindo-se em apenas uma. Uma espera, que agora, pelo menos, está chegando perto do fim.

Não está bom, não gostei. Mas minha cabeça está a mil, não sairá nada melhor. Provavelmente eu fique bem ausente esse mês, peço desculpas. E não me abandonem, por favor.

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