sexta-feira, 30 de julho de 2010

Das terapias deliciosas.

Amor: 1. Sentimento que induz a obter ou a conservar a pessoa ou a coisa pela qual se sente afeição ou atração; 2. Paixão atrativa entre duas pessoas; 3. Afeição forte por outra pessoa; 4. Brandura, suavidades; 5. Paixão ou grande entusiasmo por algo.
Isso é o que diz o dicionário. Particularmente, acho essa uma definição bastante superficial. Amor é um sentimento admirável, sem dúvida inexplicável e incompreensível, mas acima de qualquer definição, é o sentimento mais nobre de todos. Defini-lo, em gestos, já é exageradamente difícil, defini-lo em palavras é simplesmente impossível, mas essa é a única forma que me resta. Amor não é uma atração, um entusiasmo, afeição... Amor é algo que torna altruísta o mais egoísta dos seres, que é capaz de levar as pessoas a extremos para atingir o único objetivo verdadeiro de um apaixonado: a felicidade do ser amado. Ele faz de qualquer preocupação, além do “objeto de afeição”, mera futilidade. Chamá-lo de vicio não seria impróprio, afinal, lhe faz dependente de uma pessoa, é um vicio muito mais forte do que qualquer droga, porque a hipótese de ficar longe do ser amado, soa como um enorme absurdo, e vem junto com uma dor espantosa. Quando o amor é correspondido, torna-se cura de todos os males, amor correspondido é como mágica, impossível é não sorrir quando se ama e é amado, impossível não ser feliz. Há quem diga que entre o amor e o ódio existe apenas uma linha tênue, há quem não concorde. Amor e ódio são sentimentos diferentes, e ao mesmo tempo, extremamente parecidos. Ambos são incontroláveis, no entanto um é o mais admirado e desejado, o outro, o mais desprezado. Não há amor sem ódio, aquele ódio infantil e momentâneo quando alguém lhe afasta do “objeto amado”, e então, aquele amor doce e puro, quando ele volta e lhe enche de amor. Amor é o mais forte dos sentimentos, prova disso, o amor sempre vencer o ódio. Subjetivo, indescritível, e só o entende quem já amou sinceramente. Aqueles que não amaram, o acham bobo, fútil, loucura, e as centenas de defeitos que consigam pensar. Quem nunca amou nunca compreenderá o que é você ter coragem de arriscar a própria vida para proteger alguém, nunca entenderá como pessoas apaixonadas abrem mão dos próprios desejos para simplesmente fazer feliz o ser amado. Não sei quantas vezes uma pessoa é capaz de amar, mas sei que uma, duas, infinitas vezes... O amor será sempre inesquecível. Impossível lembrar-se de um grande amor e não sentir saudades, independente de quanto tempo tenha se passado, independente do que tenha acontecido. Um amor verdadeiro provoca suspiros, somente em pensar que a pessoa existe, causa pavor em cogitar que um dia possa haver um fim. É como um sonho, como um conto de fadas, você tenta se conformar que um dia pode acabar, mas isso é absurdamente doloroso. Porém, saber que ele existiu é um conforto, afinal, há aqueles que nunca vão experimentar o doce sabor do mais cobiçado dos sentimentos. Amores duram para sempre, dentro dos nossos corações. 509 palavras, um tempo consideravelmente longo escrevendo, e ainda assim, lendo e relendo, isso não descreve nem um décimo do que é amar. Ame, verdadeiramente, sem medos e sem limites, assim ele torna-se assustadoramente simples de ser compreendido. Todavia, eternamente inexplicável. Amor: substantivo sem definição. Esse é o verdadeiro significado que deveria constar nos dicionários.

Esse texto é antigo, e acho até que muita gente já o leu. Porém, me pareceu extremamente propício ao momento. À quem não entende, perdão, é imensamente triste que você nunca tenha amado alguém. Talvez você precise de terapia para aprender como se faz.

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