domingo, 6 de junho de 2010

Do passado que não reconhece o seu lugar.

- Amor. – ele batia na porta mais uma vez.
- Vai embora! – gritei.
Eu não queria, realmente, que ele fosse embora. Mas... Doía lembrar. Eu sei, eu sei que não foi uma traição, mas...
- Amor, por favor. – ele insistia.
Eu o amava. E não conseguiria dividi-lo com ninguém. Não suportaria vê-lo com outra.
Passaram-se alguns minutos, e então ouvi passos, e a porta se abrindo. Ele estava indo embora.
Abri o quarto e fui correndo em sua direção, abraçando-o.
- Não vai. – gemi.
Ele assentiu, beijando-me a testa.
- Me desculpe.
- Não precisa. – falei, fechando-lhe os lábios em um beijo.
Não precisava mesmo, eu sabia que ele não a queria. Quanto a ela... Ela havia, sim, chegado primeiro, e ela o amava... Mas tempo não queria dizer nada, era a mim que ele amava. Era eu quem não podia viver sem ele.
- Eu te amo. – ele sussurrou.
- Eu também.
Ela não importava, era passado. E eu não conseguia sentir pena. Nós, agora, tínhamos uma vida, não havia lugar para outra pessoa ali.
- Eu te amo muito. – falei, ele sorriu.
Não me importava o que ela faria sem ele. Agora éramos nós dois, e ela teria de se conformar. Não me importava, sequer, se ela morreria sem ele. Sinceramente, eu talvez até gostasse disso.

Não está bom. Não faz sentido. Mas eu já disse, às vezes eu preciso escrever para tirar as
coisas da minha cabeça.

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