terça-feira, 20 de abril de 2010

Das saudades estúpidas.

Odeio me sentir assim. Odeio ter pra onde ir e querer ficar em casa. Odeio me sentir excluída, principalmente quando sinto isso dos meus amigos. Odeio ser obrigada a comer. Odeio não ter pra quem reclamar. Odeio ficar preocupada demais. Odeio sentir tanto medo...
Parece que as coisas todas se juntam para parecer tudo errado. E então eu me rendo mais uma vez ao meu estado de torpor. Eu gosto dele, quando estou realmente mal é uma ótima fuga. O problema é quando sei que provavelmente são apenas coisas da minha cabeça, consequências de um longo tempo de ócio.
Porém é inevitável, está tudo me incomodando tanto, que eu vou correndo ao meu refúgio. Eu deveria tentar conversar, esclarecer as coisas... Eu deveria acreditar em diagnósticos médicos, e acreditar que tudo vai passar em três dias. Mas e o medo?
Minhas amigas... Eu sei que isso se ajeita. O problema é a preocupação, eu sei que é ela quem desencadeia todos os outros medos. E sei, também, que é ela quem me leva a fugir. E se acontecer algo com ele? Tenho certeza que não suportaria. Não quero pensar nisso, não vai acontecer. Mas dá medo.
Ando meio assim, como dizem “meio clima de Curitiba”. Lembro-me que quando acordei estava feliz, quase exultante. Pouco depois fiquei nervosa. Entediada. Preocupada. Sonolenta, quase que dopada. E agora estou assim...
Eu sei que passa, sempre passa. Mas eu sinto medo, inevitável sentir. Amanhã eu provavelmente acorde exultante outra vez. E provavelmente também, se as coisas não melhorarem, que eu acabe o dia assim, mais uma vez. Mas elas irão melhorar, eu sei que irão.
Isso deve ser saudade, é provável. Eu não estou acostumada a ficar assim, tão sem ele. Vai melhorar, eu sei que vai. Amanhã, ou depois de amanhã... No máximo em três dias, certo? Aí eu sei que ele vai voltar, “todo bom” pra mim.
Esse amor inconsequente, incoerente, incondicional... Eu sei que é ele o motivo do meu humor instável. Com ele, tudo perfeito. Sem ele, tudo sem graça. Me sinto como se tivesse em uma crise de abstinência, e talvez realmente esteja. Ele é como uma droga, feita exatamente para mim. E eu sei que nunca vou me curar desse vício.
Esse lance de amor é um troço complicado. Vou dormir, que é o melhor que eu faço. E esperar que amanhã você esteja melhor.

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