- Seus olhos brilham quando fala dele. – ela falou para mim, rindo.
- Eu sei. – respondi, com um sorriso envergonhado.
- E eu também nunca te vi sorrir tanto, como quando ele te manda mensagens. – eu apenas baixei os olhos. – Vocês já se viram?
Aquela pergunta de novo. Aquilo me incomodava. Balancei a cabeça, fazendo que não.
- Você não se importa?
- Não. – respondi, olhando para o nada.
- Não parece você.
- Eu sei. Acho que não sou eu.
- Ou é. Talvez seja você apaixonada.
Aquela palavra de novo. Eu tinha medo de estar apaixonada. Dei de ombros.
- Já pensou em ficar sem ele? – eu me abracei, automaticamente, e um tremor percorreu meu corpo com a ideia. Ela percebeu. – Você treme, só de pensar em ficar sem ele?
- Uhum. – respondi, em um gemido.
- Você definitivamente está apaixonada. – ela disse, exultante.
- Eu não posso estar. – falei, olhando para a foto dele em meu celular.
- Por quê?
- A gente nunca nem se viu.
- Você mesma falou que isso não importava. – ela retrucou, já se irritando.
- Talvez. Não gosto de pensar em me apaixonar.
- Mas você está. Seus olhos brilham, você sorri só de pensar nele, você treme com a hipótese de ficar sem... Isso é amor.
Foi só aí que eu percebi, que realmente estava apaixonada, por um alguém que eu conhecia apenas através do computador. E não adiantava mais negar. Eu, que sempre evitei qualquer sentimento mais forte com homens. Eu não confiava neles...
- Ele é diferente. – falei, derrotada.
- Talvez ele seja seu destino.
- Eu nunca acreditei nisso...
- E agora está começando a acreditar. – ela me olhou, esperando uma resposta. Apenas assenti.
- Talvez você devesse admitir...
- Eu sei que estou apaixonada. Eu acho que nasci pra ele. – ela sorriu. Havia conseguido o que queria.
- Eu tenho certeza que vocês nasceram um para o outro.
Tudo bem, eu podia me irritar por ela me obrigar a admitir. Mas ela sabia como me confortar.
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